GTFS: Global Trends and Future Scenarios Index

Mudanças Climáticas, Comércio e Agricultura

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No último meio século, a combinação de crescimento da população mundial, consumo generalizado de energia fóssil e desenvolvimento tecnológico, dentro de um paradigma carbono-intensivo, tem sido a causa principal do processo de aquecimento global.

As principais manifestações das mudanças climáticas são os fenômenos climáticos extremos – ondas de calor e frio mais intensas e prolongadas; secas, inundações, tormentas e furacões mais severos – e a retração de geleiras das montanhas, do Ártico e da Antártida, com impacto sobre o nível médio do mar. As emissões de gases estufa estão crescendo 3% ao ano nesta década. Segundo dados da Netherlands Environmental Assessment Agency (o mais importante instituto de dados sobre emissões de gases de efeito estufa do mundo), adicionados com dados de desmatamento de diversas fontes parciais para Brasil e Indonésia, os principais países emissores em 2008 são: China, responsável por 22% do total mundial (e crescimento anual de 5%), EUA, com 20% das emissões totais (e crescimento anual de 1%), União Européia (27 países), com 15% do total (e crescendo 0,3% ao ano), Índia, com 6% (e crescendo 5% ao ano), Rússia, com 5,5% (e crescendo 5% ao ano), Indonésia, com 5% (e crescendo 6% ao ano), Brasil com 4,5% (crescendo 4% ao ano até 2004 e com drástica redução entre 2005 e 2008) e Japão, com 3% (e crescendo 0,4% ao ano).

Atualmente, o aquecimento global é um dos maiores desafios econômicos e políticos para a humanidade. Enfrentá-lo requer um aumento dramático da cooperação no sistema internacional. Por um lado, é necessário mitigar o aquecimento global para que ele se mantenha dentro dos parâmetros incrementais e não se torne perigoso (o que ocorreria caso o aumento na temperatura média da terra superasse dois graus, com relação ao início do século XX). Por outro lado, é necessário adaptar-se a um grau moderado de mudança climática que já é irreversível. Para evitar a mudança climática perigosa, seria necessário que as emissões de gases estufa no ano 2050 fossem aproximadamente 50% do nível do ano 1990